Os gastos do governo
Já analisei o consumo, o investimento e agora, o terceiro componente da demanda agregada (PIB) são os gastos do governo. Nesta variável incluem as compras do governo, os investimentos em obras, em infra-estrutura, as estatais, as transferências para a população, estados e municípios. Estes gastos interferem no nível de renda e emprego e, portanto, os gastos do governo diz respeito a política fiscal do governo, a sua capacidade de interferir na economia, seja estimulando ou estabilizando o crescimento. Ele faz isso por meio de gastos, transferências e impostos e se utiliza disto para se legitimar politicamente, para elevar seu capital político. Portanto, em anos eleitorais é comum haver um incremento nos gastos do governo.
Geralmente nos momentos de recessão, o governo efetua mais gastos, eleva as transferências e reduz impostos. Isso para estimular o consumo, a renda e eleva os empregos a fim de retomar o crescimento ou para que a situação de crise apresente menos efeitos negativos. Nos momentos de expansão para que a economia não cresça desordenamente, gerando inflação, ele reduz seus gastos, eleva impostos e reduz as transferências.
No entanto, os gastos do governo são alodependentes, são dependentes de recursos naturais. Quando ele amplia seus gastos, há um investimento no ambiente em busca de matérias-primas e correspondente existe também uma elevação na emissão de emanações, intensificando os impactos ambientais e ecológicos. Simultaneamente há um aumento de partículas circulando no ambiente devido ao estímulo provocado na economia e, partindo do pressuposto que parte destas partículas afetam o corpo da mulher, o sistema reprodutor feminino e a maternidade, haverá uma elevação das enfermidades no corpo da mulher, no sistema reprodutor feminino e problemas na maternidade. Estas enfermidades podem se manifestar de variados modos, na forma de cânceres, doenças respiratórias, aumentos nos casos de diabetes, problemas cardíacos etc e em problemas envolvendo a fertilidade, a concepção, a gestação, parto, aleitamento e desenvolvimento da criança, tendendo a um ponto crítico de enfermidade e/ou de infertilidade com poder de afetar as instituições e estruturas sociais. Recentemente foi noticiado pelo Jornal Brasil de Fato um aumento de mortes de crianças por leucemia derivados dos usos dos agrotóxicos. Portanto, concluo que as enfermidades no corpo da mulher, no sistema reprodutor feminino e envolvendo a maternidade são função dos gastos do governo, principalmente se o governo investe em tecnologias deletérias como é o caso da China que tem se utilizado das usinas termelétricas. Isso pode afetar diretamente o corpo da mulher ou indiretamente, afetando o meio ambiente em que estas estão inseridas.
Um exemplo
Suponhamos que aí na sua cidade as lideranças locais de um determinado partido se organizem para apoiar um deputado federal. Certo! Este deputado é apoiado durante o período eleitoral a fim de liberar emendas partidárias nos anos posteriores para devolver os benefícios políticos ao poder local angariados durante o período eleitoral. Algo como uma troca de favores: você ajuda me eleger e eu como deputado federal aumento sua popularidade. Então, nos anos posteriores, o referido deputado consegue uma emenda parlamentar no valor de r$ 10 milhões para pavimentar uma determinada rodovia que passa pela cidade, pela região. Estes r$ 10 milhões compõem as transferências e entra na variável “Gastos do governo”. Da mesma forma que entram as obras envolvendo saneamento básico, outras obras de pavimentação, construção de creches, escolas, estádios etc.
Enfim, quando a referida obra tem início e à medida que os repasses são feitos, são mobilizados uma grande quantidade de recursos como mão-de-obra, maquinário, capital e do fator de produção terra, os recursos naturais. Dos recursos naturais é efetuado o desmatamento para criação de jazidas para retirada de terra, cascalho, cimento e brita. As máquinas começam a operar e são eliminados neste ambiente (no solo, nas águas e no ar) as dioxinas que são os poluentes. Por fim, o pagamento dos salários, de lucros e aluguéis elevam a renda disponível das pessoas na localidade onde está sendo pavimentada a rodovia e isso eleva o consumo. Com uma renda um pouco maior, agora o lixo apresenta uma parte maior de plástico, outras embalagens e lixo eletrônico, elevando mais uma vez, as emanações no ambiente, concorrendo para elevar os impactos ambientais e ecológicos.
Neste ambiente existem mulheres e estas partículas emitidas no ambiente com a movimentação, envolvendo a construção da nova estrada pode afetar estes corpos já que, a mulher poderia estar mais suscetível a estas emanações de forma direta ou indireta. Talvez num caso isolado nem tanto, mas se considerássemos todos os gastos do governo em função do tempo, sim. Este caso é só para exemplificar, tornar mais fácil a compreensão do que estou expondo.
Enfim, ao elevar os gastos do governo elevam-se a extração de recursos, a eliminação de emanações, os impactos ambientais e ecológicos. Ao elevar os gastos do governo eleva-se a dispersão de partículas no ambiente e as enfermidades no corpo da mulher. Ao elevar as transferências eleva-se a dispersão de partículas no ambiente e as enfermidades no corpo da mulher e ao reduzir os impostos eleva-se a dispersão de partículas no ambiente e as enfermidades no corpo da mulher.
O fluxograma abaixo mostra de maneira mais intuitiva o que represento no gráfico a seguir, logo abaixo. No fluxograma, os gastos do governo elevariam e em função do tempo, elevaria a renda, a demanda agregada. E com isso elevaria também os usos dos recursos naturais na forma de extração, elevaria as emanações, elevaria a dispersão de partículas no ambiente e consequentemente os impactos ecológicos e as enfermidades no corpo da mulher, no sistema reprodutor feminino e durante a maternidade. Sempre coloco a linha de enfermidades no corpo da mulher de maneira horizontal. Isso porque, nem todo gasto do governo, nem todo uso dos recursos e nem todas as partículas afetariam o corpo da mulher, evidenciando, portanto, uma espécie de resíduo que seria logicamente menor que toda a matéria e energia processada no interior do sistema econômico.


No gráfico acima, a elevação dos gastos do governo de G1 para G2 conduziria o nível de produto de Y1 para Y2 e, portanto, o nível de emprego elevaria de N1 para N2. Ao incrementar os gastos, seja com obras de infraestrutura, investimentos em indústrias etc ou por meio de elevação de transferências, estes sairiam de G2 para G3, conduzindo a economia para um novo estado de Y2 para Y3 e o nível de emprego de N2 para N3. Como para cada nível de gastos existe um nível de deterioração ambiental, os impactos ambientais elevaria de ext1 para ext3 e como para cada nível de gastos do governo existe um nível de dispersão de partículas no ambiente, as enfermidades no corpo da mulher, sobre o sistema reprodutor feminino e a maternidade elevaria de enf1 para enf3, tendendo a um ponto crítico de instabilidade. Atualmente o Estado é bastante limitado, regulado. Existem leis que coíbem gastos excessivos como o que ocorreram durante a ditadura militar. No entanto, as regras ambientais ainda seguem frouxas. Nota por exemplo, a mudança no código florestal em 2012 que além de anistiar impactos ambientais ocorridos no passado, reduziram grandes áreas de proteção em vários biomas brasileiros. Este caso corresponderia em muitos pontos aos governos do Welfare state, do estado de bem estar social que vigorou a partir da crise da bolsa de 1929 até meados da década de 1980. Durante este período, impulsionados pelas ideias keynesianas, o Estado teve um importante papel no impulsionamento do crescimento dos países. Durante este período se intensificou e popularizou a construção de arranha-céus, estádios, ferrovias, rodovias em todo o mundo, bem como houve grande investimento em aparato militar e na indústria bélica. No Brasil, em dois momentos distintos surgiram as grandes estatais seja na era Getúlio Vargas ou durante o milagre econômico a partir de 1968. Todo este crescimento afetou o corpo de Gaia. Por exemplo, durante o milagre econômico no Brasil, governos concediam por meio de programas, recursos para drenar áreas pantanosas como brejos e veredas. Enfim, não bastasse o próprio crescimento já incorrer na deterioração ambiental, o governo financiava esta deterioração.
O Estado diânico
Apesar do efeito deletério sobre o meio ambiente e das enfermidades no corpo da mulher, no sistema reprodutor feminino e sobre a maternidade, a ação do Estado é importante para garantir o mínimo de bem estar, para elevar o emprego em momentos de desemprego, para elevar a renda disponível em momentos críticos, para que a riqueza seja distribuída de maneira mais equitativa e ainda, para conter os efeitos deletérios do mercado que são muito mais graves, se desregulamentado. Portanto, diante deste cenário não resta outra alternativa aos governos em qualificar os gastos e em buscar qualificar toda a curva de demanda agregada. É necessário que o governo qualifique seus gastos, que em momentos de recessão ao invés de priorizar gastos em tecnologias deletérias que afetam o corpo de Gaia e o corpo da mulher e o sistema reprodutor feminino, opte por uma política de gastos que entre em composição com o corpo e o sistema reprodutor feminino. Aqui falamos num estado diânico. No entanto, como vivemos numa democracia e a construção deste Estado depende de uma série de decisões políticas ao longo do tempo, sua construção esbara e emperra em meio a divergências de pontos de vista sobre a questão.
O Estado diânico seria aquele estado em que em momentos de rescessão, o governo ao decidir seus gastos, voltados a reerguer a economia, priorizaria os gastos voltados a proteção, recuperação ambiental como um meio de reduzir as enfermidades no corpo da mulher, correção da dívida social relacionada ao trabalho não-pago da mulher e em políticas públicas voltadas a saúde da mulher. Isso indicaria a qualificação dos gastos do governo. E em segundo plano viria os demais gastos. Por exemplo, ao invés de estimular o crédito agrícola, estimularia o crédito a fim de recuperar as áreas degradadas como forma de prevenir novos desmatamentos. Ao invés de construção, pavimentação de novas rodovias, efetuaria gastos visando acabar com os lixões. Ao invés de investir em tecnologias deletérias, faria investimentos maciços na educação da mulher como forma de reparar a dívida social.
No Estado diânico – se as enfermidades não atingiram um ponto crítico de autocriação – espera-se que estas ocorram, mas a uma taxa de elevação menor, justamente porque o governo priorizaria as medidas de contenção dos problemas derivados da atividade econômica sobre o meio e o corpo da mulher. Tenho como hipótese, espera-se que no estado diânico, a curva da enfermidades derivadas da atividade econômica seria cada vez mais horizontal. Uma perspectiva otimista, utópica, diria que no Estado diânico, apesar do Estado continuar efetuando seus gastos, o ponto crítico de instabilidade, de enfermidade e infertilidade no longo prazo estaria cada vez mais distante ou até mesmo sequer existiria. Isso equivale dizer que neste Estado, haveria uma grau de redução das emanações bastante significativo a ponto de se aproximar a níveis pré-industriais, ocorrendo uma situação em que os efeitos destas emanações sobre o corpo da mulher seria algo quase nulo. O gráfico abaixo demonstra esta hipótese de horizontalidade do volume de enfermidades derivados da atividade econômica num Estado diânico. O produto, a renda continua a crescer ao longo do tempo ao passo que o volume de partículas emitidas cresce a uma taxa bastante estável retardando o ponto crítico de enfermidade. No texto em que tratarei sobre os efeitos das políticas keynesianas (que fundamenta a intervenção do Estado) sobre o corpo de mulher tratarei um pouco mais sobre este Estado diânico.

Segundo a visão dos oráculos
E está uma abordagem complementar a esta questão. Trata-se de um livro publicado por mim, situado dentro do que chamo de ciência mágica, que apresenta uma visão oracular a respeito do tema. Ciência mágica seria aquela que incorporasse em seus objetivos e/ou resultados uma resposta dos oráculos sobre determinado tema. Outra forma pela qual pode se dar seria o desenvolvimento de determinados rituais, visando colocar um determinado conhecimento em prática como por exemplo, o agricultura inclusiva que trata de um ritual regenerativo que visa, além produzir alimentos, a recuperação de áreas degradadas.
Sinopse
Situado na área do paradigma emergente tem como desejo intensivo somar e compor com o feminino. A intenção é apresentar como ocorrem os impactos dos gastos do governo sobre o corpo da mulher, do sistema reprodutor feminino e da maternidade segundo a teoria do caos e segundo a visão dos dos oráculos.
Defende que os gastos do governo ocorre captando recursos naturais e força de trabalho (pago e não-pago) do seu ambiente (corpo de gaia e corpo da mulher), eliminando sobre estes mesmos corpos, partículas, emanações, intensificando tanto os impactos ecológicos e as enfermidades no corpo da mulher, tendendo a um ponto crítico de instabilidade.
Ao Estado cabe uma única alternativa, a de gradualmente transformar-se num Estado diânico, ou seja, buscando entrar em composição com o corpo da Terra e da mulher de tal forma que garanta sua capacidade de auto-organização. No entanto, segundo os oráculos, a construção deste Estado é uma situação problemática. Mas, apesar das dificuldades na transformação desta realidade, segundo o I Ching cabe a mulher persistir e buscar mudar o jogo de forças dentro da família a fim de provocar com isso uma mudança na macroestrutura, pois agindo assim haverá sucesso na questão. Com este texto inauguro também o que chamo de ciência mágica que é a ciência que leva em consideração a orientação dos oráculos.
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O Hexagrama 37 do I Ching, A família.
Um Estado que entre em composição com o sistema reprodutor feminino e a maternidade e, portanto, a princípio com o corpo da Terra começa na reorganização do lar, da família. Convém que a mulher persista porque ela é a riqueza da casa e há grande mudança e sucesso no comportamento do Estado. De um Estado agressivo para um Estado diânico.
